2.10.06

Fronteiras

Fronteiras do corpo, do observado e de quem as percebe

Desenho de nanquim sobre papel de homem-palito na série homônima ao material Nanquim, (04/06) e de corpos-relevos na série Amparo (04/05) . São trabalhos que se importam com a percepção do olhar, com a relação observador e observado.
O enfoque dessas séries: Vista de Cima, Nanquim e Amparo residem na dimensão e território limítrofe do corpo do ser humano.

Série Nanquim: As vezes anônimo de gênero, e perspicaz em reconhecer-se desenhado, dialogando com o observador a própria existência em nanquim, ‘incomodando’ o espaço como interferências em rachaduras e marcas já existente no suporte desenhado.

Série Amparo: Ou não anônimo de gênero como em Amparo que se reconhece feminino, masculino, criança, velho, obeso e outros pelo contorno do corpo. A linha desenhada, aproveita as curvas e depressões desse relevo acidental do corpo para encaixar e se encontrar noutro corpo, dando ao nome da série Amparo, também feito com nanquim sobre o papel.

Série Vista de Cima: A observação sobre o desenho é personificada em Vista de Cima, onde o desenho já adianta o ângulo de percepção do observador fazendo todos vistos de cima. Pessoas em micro relações, como atravessando a faixa de pedestre estão desenhadas, em nanquins,vitalizados através de lhes ser dotados a opção de não se expor, posto que o corpo no desenho não possa esconder-se diante do público espectador.