2.11.06

"Ai de mim!" - N. Ramos

...as frases dissecam e aqui jaz o esqueleto.
Não se escuta o que ele disse.
Não se entende as manchas no canto do bar.
Os olhares são ladrões baratos, pousam feito moscas sob qualquer normal.
São visões baratas que furtam minha atenção.
A essa altura palavras viram alegorias. Nada mais importa dizer.
Dar-me um preço alto...
A vida só custará caro quando ficar escassa, mesmo!
Rir à custa de ópio, sem discutir os fins.
Se basta para todos, bastará para mim também.