Não procure rimar na Páscoa.
Passado o que não segureiperdida entre os cacos e as conchas do mar
suas coisas que valores eu posso dar?
Agora eu escolho a beleza, onde a sua harmonia
me amparava, com carinho e capricho,
quando eu não sentia nenhuma falta.
Um vestido ou um anel, tanto faz.
Importa é estar bem. E agora?
Com qual roupa eu fico?
Daquelas que você se sentia melhor e mais gostava?
Ou a que me cabe melhor e o resto jogo fora?
Amasso tudo num saco plástico até saber o que fazer.
Daí talvez eu ja tenha jogado sua carta fora e decorado
as palavras, lido e me desgastado sabendo todas as memórias que me traz.
Mas talvez não. é provavelmente sem fim as dúvidas que voltam em filmes e músicas
as tatuagens, as poesias doloridas e o vento
O espaço que está a disposição de todos
não está mais para nós duas.
Lemas de transcendência por favor, se calem
para que nasça o que não se diz, e
prestem atenção nisso aqui:
Tenho um inquilino novo que chegou e está se instalando em mim agora,
fura parede, traz os móveis e faz-se bem a vontade
Sei que não tenho como expulsá-lo, ninguém me ajuda e não sei o que fazer.
Se a minha mãe tivesse aqui ela iria me ajudar.
Mas agora, que dizer que ela está onde é melhor para ela? quem disse?
E esse inquilino?
O que ele tá fazendo aqui?